A Retocolite Ulcerativa Idiopática (RCU) é uma doença inflamatória intestinal crônica que afeta especialmente o cólon e o reto, causando inflamação contínua e úlceras na mucosa intestinal. É uma condição autoimune, na qual o sistema imunológico ataca erroneamente o revestimento do intestino, desencadeando processos inflamatórios que comprometem a absorção e função intestinal. O termo “idiopática” indica que sua causa exata ainda é desconhecida, embora estejam envolvidos fatores genéticos, ambientais e imunológicos.

Os sintomas da RCU variam conforme a extensão e a gravidade da inflamação, mas tipicamente incluem:
- Diarreia frequente, muitas vezes com sangue e muco.
- Dor e cólicas abdominais, especialmente na região inferior esquerda.
- Sensação urgente de evacuar (tenesmo).
- Fadiga e perda de peso em casos mais avançados.
- Febre e anemia em crises intensas.
Esses sintomas surgem em crises que podem durar semanas ou meses, seguidas por períodos de remissão.
O diagnóstico é clínico, endoscópico e laboratorial. A Colonoscopia é essencial para visualizar a mucosa inflamada e realizar biópsias que confirmam o diagnóstico. Exames laboratoriais ajudam a avaliar a gravidade da inflamação (proteína C-reativa, hemograma) e descartar infecções. A exclusão da Doença de Crohn é feita pela análise das características clínicas e histopatológicas.
O objetivo principal do tratamento é controlar a inflamação, induzir a remissão e melhorar a qualidade de vida. As principais opções terapêuticas incluem:
- Aminossalicilatos: Mesalazina é o medicamento de escolha para casos leves a moderados, reduzindo a inflamação diretamente na mucosa intestinal.
- Corticosteroides: Usados para controle rápido dos sintomas nas crises, mas não recomendados para uso prolongado devido aos efeitos colaterais.
- Imunossupressores: Azatioprina e 6-mercaptopurina ajudam a manter a remissão e reduzir a necessidade dos corticosteroides.
- Biológicos: Medicamentos como infliximabe, adalimumabe e vedolizumabe atuam bloqueando mecanismos específicos do sistema imunológico e são indicados nos casos moderados a graves ou refratários.
- Cirurgia: Indicada quando há falha do tratamento clínico, complicações (perfuração, sangramento grave) ou risco aumentado de câncer intestinal. A colectomia total pode ser curativa na RCU.
Além do tratamento medicamentoso, pacientes são orientados sobre dieta equilibrada, controle do estresse, e monitoramento regular para evitar complicações, incluindo risco aumentado de câncer de cólon a longo prazo. O acompanhamento multidisciplinar com proctologista, nutricionista e, se necessário, psicólogo, é fundamental para manejar a doença de forma eficaz.
A RCU tem um curso crônico e imprevisível, com períodos de remissão e recaídas, exigindo do paciente e do médico uma gestão contínua e adaptativa.

Cirurgia Geral e Coloproctologia
CRM 127.774 • RQE 62.641
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